SOFRIMENTO
Há muito tempo as pessoas agem no sentido de diminuir os trabalhos e atividades que exigem esforço físico, criam atalhos, objetos e instrumentos, máquinas e equipamentos que de certa forma substituem o esforço físico humano. Nesse sentido em tese, estaríamos caminhando para um estágio onde “todos” poderiam usar mais tempo livre para efetivamente “viver” tirando proveito dos benefícios da mecanização e avanço tecnológico. Será? É bem verdade que o que coloquei acima existe, mas a ganância do ser pensante da terra usa todos os benefícios citados acima como ferramenta para separar um exército de exploradores de todo o resto, um verdadeiro (Apartheid social) com base no poder econômico. E os humanos seguem fabricando maquinas de todos os modelos e tamanhos, aí medem nossos batimentos, nossa força, resistência, capacidade de enxergar, respiração…..e por aí vão. O que não se criou até hoje e que seja eficiente é algo que possa medir com precisão o nosso SOFRIMENTO. Por vezes esse sentimento ou sensação pode ser visto, analisado, avaliado, discutido e até combatido. Mas, como mensurar essa coisa (SOFRIMENTO) que machuca por demais os seres vivos, especialmente os humanos? Sabe-se que em certas ocasiões alguns de nós tentamos vislumbrar as insatisfações dos outros com base na quantidade de perrengues enfrentados, neste caso estaríamos medindo o ato de sofrer em números. E em relação à intensidade dos males? Como saber? Aí avançamos para outro campo, o da pessoalidade, absorvemos cada um de maneira ou forma particular os fatos que envolvem nossas vidas, um acontecimento bom alegra mais a um que outro, da mesma forma certos males (SOFRIMENTO), atingem ou abalam de forma bruta uma pessoa, enquanto outros de nós diante dos mesmos fatos pouco importamos. O que fazer então? Especialistas a postos aguardam e recebem a cada dia batalhões de adultos, jovens e até crianças para tratar dos males da alma (mente). É gente com pouco querendo muito. Homens com muito dizendo nada ter. Mulheres infelizes por terem homens que trabalham muito, outras reclamando que o bendito não trabalha. Pessoas abastadas querendo paz. Pessoas em puro sossego buscando atividade, haja psicólogas e psiquiatras. Difícil entender, penso que Deus já não aguenta mais atender tantos pedidos para mudar o que de certa forma já está pronto. Em alguns casos, por mais que pensarmos estamos diante de algo quase sem solução, no entanto, lanço um conselho grátis para você que me lê: Se vire nos 30 e busque de todas as formas se contentar com o que tem disponível, trabalhe sem exagero para obter o que gosta, viva em paz na companhia das melhores pessoas, caminhe sempre na direção da felicidade, se alcança-la, ora, seja bobo(a) não, agarre-a com unhas e dentes. Na atualidade, para estar ou viver feliz é necessário dentre outras coisas, com olhos de águia, ter visão capaz de cobrir 360 graus.
Miguel Francisco do Sêrro – Historiador/Advogado
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