PBSF implementa UTI NEON na maternidade do Hospital Municipal de Paracatu
UTI NEON (UTI Neonatal Neurológica Digital) implementada no Hospital Municipal de Paracatu (MG) utiliza médicos especializados para monitorar à distância, 24 horas por dia, 7 dias por semana, os bebês internados.
São Paulo, 29 de setembro de 2023 – A PBSF (Protecting Brains & Saving Futures) implementa o conceito de UTI NEON (UTI Neonatal Neurológica Digital), no Hospital Municipal de Paracatu (MG), solução pioneira que disponibiliza assistência remota 24×7, aplicação de monitoramento cerebral, armazenagem de dados, análise dos resultados e identificação precoce de disfunções cerebrais nos bebês internados.
Esse é o primeiro serviço público de Minas Gerais a disponibilizar para todos os recém-nascidos prematuros os recursos de uma UTI Neurológica Digital pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Bebês que apresentam alguma condição desfavorável em momentos próximos ao nascimento, como, por exemplo, falta de oxigenação cerebral (asfixia perinatal), cardiopatia congênita ou instabilidade hemodinâmica, são considerados de alto risco e devem ser encaminhados imediatamente para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal para receber tratamento adequado e especializado. Todo o processo necessita ser muito rápido, pois em alguns casos, os bebês acometidos podem sofrer alguma lesão cerebral e ficar com sequelas, como paralisia cerebral, déficit cognitivo, cegueira e surdez. Por isso, a implementação do conceito UTI Neon no Hospital Municipal de Paracatu é fundamental para reduzir o número de sequelas neurológicas evitáveis em recém-nascidos de risco”, diz Vinicius Biulchi, superintendente de Administração Hospitalar.
“A monitorização associada à implantação de protocolos específicos de neuroproteção reduz a mortalidade e o risco de sequelas neurológicas em recém-nascidos de alto risco através de diagnóstico à distância, como por exemplo de crises convulsivas, permitindo o tratamento precoce e reduzindo as comorbidades nesta população”, explica o Dr. Alexandre Netto, pediatra, neonatologista da PBSF.
De acordo com o neonatologista Gabriel Variane, fundador da PBSF, esse modelo de saúde digital possibilita diagnósticos mais rápidos e orientação para tratamentos mais eficientes. “Estima-se que cerca de 80% dos casos de convulsão cerebral em recém-nascidos ocorram de maneira subclínica, ou seja, sem manifestações motoras. Por isso a monitorização cerebral é a forma mais segura de identificar e evitar sequelas neurológicas. Além disso, com implantação de novas metodologias, é possível detectar alterações muito precoces de oxigenação do cérebro e de outros órgãos possibilitando intervenções cada vez mais eficazes. A plataforma de saúde digital permite que sejam implantados múltiplos protocolos de cuidados neurocríticos para diagnóstico de insultos neurológicos em tempo real, os quais serão avaliados remotamente por equipe médica especializada. Estes profissionais discutem os casos clínicos dos recém-nascidos de alto risco e fornecem à equipe médica à beira leito as informações necessárias para o tratamento”, diz.
Com mais de 9 mil casos monitorados, a PBSF possui o maior banco de dados de monitoramento neonatal descrito no mundo, que, por meio de ferramentas de machine learning, possibilitam a análise inteligente para diagnósticos cada vez mais precoces e a discussão de protocolos para definir tratamentos altamente eficazes, baseados em evidências.
Sobre a PBSF
A PBSF (Protecting Brains & Saving Futures) é uma empresa composta por especialistas que tem objetivo de promover o conceito de UTI Neonatal Neurológica Digital (UTI Neon) nas maternidades e hospitais, por meio de uma Central de Monitoramento e Conexão 24h por dia, 365 dias no ano. Isso possibilita a discussão de protocolos, promoção de assistência remota, aplicação de monitoramento cerebral, armazenagem de dados e a análise dos resultados. Isso resulta em diagnóstico e tratamento precoce de lesões cerebrais em recém-nascidos de alto risco, capaz de evitar sequelas neurológicas.
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