Janaina Campos expõe arte na rua

 “Só quem toma um sonho… Como sua forma de viver
Pode desvendar o segredo… De ser feliz!” Milton Nascimento

 

Rua Goiás palco da arte, um pouco da Bahia nas telas de Janaína Campos, isso aconteceu no sábado dia 30 de abril. Cada artista se move como pode para fazer sua arte chegar até o público. Quem passou pela Rua Goiás pode conhecer um melhor a história do Brasil, através das telas que trouxe índios, igrejas, casarões e muito mais!

Com o tema “Terra a Vista”, a artista plástica paracatuense Janaina Campos desenvolveu 33 telas em apenas 20 dias mostrando a história do descobrimento do Brasil. A artista nos contou que foi inspirada através da carta de Pero Vaz de Caminha.

 

Trechos da Carta

Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma.”

Esse projeto das 33 telas foi uma aquisição do  Centro Universitário Atenas (UniAtenas), que terá o destino Universidade Atenas em Porto Seguro.

Trecho da Carta Pero Vaz de Caminha

“Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta mais ao Sul até a outra ponta ao Norte, do que nós pudemos observar deste porto, é tão grande que deve ter bem ou vinte e cinco léguas de costa. Ao longo do mar, têm, em algumas partes, grandes barreiras, uma vermelhas e outras brancas; e a terra é toda chã e muito formosa. O sertão nos pareceu, visto do mar, muito grande; porque a estender os olhos não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.
            Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem os vimos. Contudo, a terra em si é de bom clima, fresco e temperado, como os de Entre-D’Ouro-E-Minho, nesta época do ano. As águas são muitas; infinitas. De tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem!”

Comentários

O Lábaro

Posts Relacionados