IV Encontro do Programa Pró-Mananciais 2020

 

Créditos das fotos: Arquivo Copasa

A Copasa encerra, nesta sexta-feira (04/12), o IV Encontro do Programa Pró-Mananciais, que está sendo realizado desde segunda-feira (30/11), no canal do YouTube da TV Copasa. O evento promovido pela Companhia tem como objetivo discutir com especialistas temas como agroecologia, monitoramento participativo, mudanças climáticas, segurança alimentar, uso e manejo do solo e o planejamento das ações do Programa Pró-Mananciais para 2021.

Neste ano, por ser na versão virtual, o encontro foi aberto à participação ampla e até nesta quinta-feira contou com mais de 3.500 visualizações e acessos na plataforma do evento.

Amanhã, sexta-feira (04/12), encerrando as atividades da programação, técnicos da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) abordarão o “Uso e Manejo do Solo, o “O uso da subsolagem na recuperação de solos compactados”, e o gerente da Unidade de Serviço de Controle Ambiental (USCA), Alessandro Palhares, apresentará o Balanço de 2020 e o Planejamento para 2021 do Programa Pró-Mananciais.

Além dessas apresentações, o ativista, poeta, compositor, escritor, relator da Carta dos Artistas aos Habitantes da Terra na ECO-92 e coordenador do Movimento Artista pela Natureza, Bene Fonteles, fará uma mística de encerramento

Abertura do Encontro

O presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, na abertura do IV Encontro do Pró-Mananciais, no dia 30 de novembro, destacou números do Programa, como “os 224 municípios e os 175 Colmeias que, junto com as comunidades envolvidas, ajudam no diagnóstico e no acompanhamento das intervenções e na execução das ações”.

Na ocasião, ele ainda ressaltou que o grande mérito do Pró-Mananciais é o envolvimento da comunidade na busca por uma efetiva preservação ambiental.

Carlos Eduardo também destacou as diversas ações que o Programa tem implementado, como cercamento, plantio de mudas e barraginhas e fez questão de registrar o compromisso da direção e de toda a Copasa de “seguir investindo neste programa, agregando nele um conjunto de ações que visem não apenas à preservação das bacias hidrográficas, mas que, de alguma maneira, possam ajudar a melhorar a qualidade de vida da população mineira”.

Já o diretor de Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimento da Copasa, Ricardo Augusto Simões Campos, também durante a abertura, ressaltou que “os temas que serão discutidos no encontro – mudanças climáticas, segurança alimentar, agroecologia, monitoramento participativo, uso e manejo do solo, além do planejamento do Programa Pró-Mananciais para 2021 – sirvam não só para avaliar, mas para estimular as ações futuras e o sucesso que o Programa vem obtendo.

Simões destacou também que os Coletivos Locais de Meio Ambiente (Colmeias) são o grande coração do programa. “É a forma como se estabelece o acompanhamento da sociedade civil é que permite fazer com que as ações desenvolvidas sejam aquelas que vão em direção das reais necessidades, tanto da preservação dos mananciais quanto dos interesses das comunidades locais. Nosso objetivo é garantir a perenidade dos mananciais no Estado”.

 

Mudanças climáticas

Após a abertura feita pela direção da Copasa, o professor Francisco de Assis de Souza Filho, da Universidade Federal do Ceará (UFCE), falou sobre “Mudanças Climáticas e seus reflexos nos recursos hídricos”.

Ele comentou acerca dos diversos cenários e modelos para enfrentar as dificuldades relacionadas às mudanças climáticas e mostrou também como essas alterações vão alterar o clima das várias regiões do Brasil.

O professor Francisco de Assis abordou também diversos contextos que se intercalam nos aspectos das mudanças climáticas, como desmatamento, drenagens, cheias de rios urbanos, entre outros: “É indispensável que se construa um consenso em torno do tema com a participação social. Essa mobilização com a sociedade como um todo possibilita a ampliação da democracia em todo o mundo, inclusive no Brasil”, ressaltou.

Em seguida, foi aberto espaço para um bate-papo que foi mediado pela titular da Unidade de Serviço de Desenvolvimento Tecnológico, Karoline Tenório da Costa e, ainda, contou com atividades culturais realizadas pelos empregados da empresa: Nilton Sena (Foka Senna) da Unidade de Apoio Administrativo Metropolitana e Carlos Roberto Moreira Barbosa – Comissão Permanente de Licitações.

Saúde Humana e Saúde Planetária

No segundo dia do encontro, o médico e professor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Roberto de Almeida, falou sobre “Segurança Alimentar: Saúde Humana e Saúde Planetária”. Em seguida, a professora Irene Maria Cardoso, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), falou sobre “Agroecologia e a produção de alimentos saudáveis”.

Roberto de Almeida, em sua palestra, destacou o aumento populacional mundial e o Antropoceno, período em que as atividades humanas passam a ter grande impacto no ambiente. Ele defende a saúde integrativa que une a alimentação saudável e sustentável, boa para as pessoas e boa para o planeta, incluindo diversos aspectos da saúde, como boas relações, espiritualidade e a compaixão conosco e com os outros seres.

Segundo Roberto de Almeida, a saúde planetária depende da economia mundial.  A palestra completa dele pode ser vista neste link: https://www.youtube.com/watch?v=YJzuutAMZ34.

Já a professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Irene Maria Cardoso, na palestra “Agroecologia e a produção de alimentos saudáveis”, mostrou como o futuro da biodiversidade depende da produção sustentável.  Irene Cardoso falou do beneficiamento, da comercialização e da importância do alimento saudável.

A professora destacou a criação de redes de consumo para conseguir esses alimentos. Ela também mostrou como as feiras e as redes de produção de orgânicos podem oferecer preços acessíveis quando se tem políticas públicas que beneficiem os produtores. Ela defendeu também a biodiversificação na alimentação.

A palestra “Segurança Alimentar: Saúde Humana e Saúde Planetária” foi coordenada pela gerente da Unidade de Serviço de Assuntos Regulatórios (USRE), Fabrícia Matos Alves Pena. A de “Agroecologia e a produção de alimentos saudáveis” foi coordenada pelo superintendente da Unidade de Negócio Sul (UNSL), Paulo Fernando Rodrigues Lopes.

Comunicação como estratégia de mobilização

A “Comunicação como estratégia de mobilização” e “Educomunicação: aprendizes de sustentabilidade” foram os temas do terceiro dia do IV Encontro Pró-Mananciais.

O superintendente de Comunicação Institucional da Copasa, Caco Rezende, destacou a importância da comunicação para a construção de pertencimento e do engajamento das pessoas nos processos, incluindo os clientes da Copasa.

O superintendente destacou que a comunicação é uma ferramenta essencial para a mobilização das pessoas e é ela que desencadeia todo o processo de pertencimento e de engajamento. Ele descreveu como o planejamento de comunicação assume o papel central no processo de mobilização.

Destacando que a comunicação tem que ser simples para atingir seu objetivo, Rezende mostrou que é essencial que as mensagens que queremos transmitir leve em consideração o público-alvo. “A comunicação que não considera o outro não produz ação e nem é capaz de transformar, pois só comunicamos o que o outro entendeu”, ressalta.

Ele ainda enfatizou a transição da comunicação analógica para a digital e falou sobre os canais que a Copasa está usando para se aproximar de seus clientes.

A coordenação da prosa com o superintendente foi feita pela gerente da Unidade de Responsabilidade Social (RESO), Luciana Barbosa Silveira.

Em seguida, a professora Rachel Trajber, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), falou sobre a importância da educomunicação para a sustentabilidade. Destacando a inter-relação entre a comunicação e a educação, Rachel Trajber fez um paralelo entre a sociedade de riscos, a que vivemos atualmente, com as sociedades sustentáveis.

Segundo Raquel Trajber, a educacomunicação “promove reflexões e forma receptores críticos: facilita a percepção da maneira como o mundo é ditado pelos meios de comunicação”. Ela também destacou a utilização das tecnologias de informação/comunicação no contexto de ensino/aprendizagem.

As duas palestras podem ser assistidas neste link: www.youtube.com/watch?v=MU96DyKfRFg&t=6301s.

A prosa com a palestrante foi coordenada pela gerente da Unidade de Serviço da Educação Corporativa (USED), Amanda Henriques Louback. As atividades do dia foram encerradas com uma apresentação de Wayner Oliveira, da Unidade de Serviço de Educação Coorporativa (USED). Ele apresentou duas canções de sua autoria: ‘Canta Água’ e ‘É preciso preservar”.

Monitoramento Participativo

Nesta quinta-feira (03/12), com o tema “Monitoramento Participativo”, a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Juliana França, falou sobre “Biomonitoramento.

Em seguida, a engenheira florestal Luciana Medeiros Alves, da WRI Brasil, abordou sobre o “Monitoramento de áreas de restauração florestal”.

Já o engenheiro químico e gerente da USCA, Alessandro Palhares, mostrou a “Operacionalização do Programa Pró-Mananciais”. A coordenação da prosa foi feita pelo superintendente de Desenvolvimento Ambiental da Copasa, engenheiro Nelson Cunha Guimarães. As três palestras podem ser assistidas na TV Copasa neste link: www.youtube.com/watch?v=MU96DyKfRFg&t=6301s

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