FAOP recebe exposição “Traços e Letras”
A Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) – unidade Paracatu abriu as portas na noite de ontem (5), para a Exposição “Traços e Letras”, que está na programação do aniversário de 224 anos de Paracatu. Uma realização da Prefeitura Municipal de Paracatu, através da Secretária Municipal de Cultural e Turismo em parceria com o Ateliê Cibele Bartels e Academia de Letras do Noroeste de Minas.
Sobre como surgiu a exposição
“A exposição foi consolidada no mesmo dia e lugar onde aconteceu a abertura da exposição da artista plástica paracatuense Maria do Céu. Cibele expôs a ideia de “casar” as imagens das pinturas, produzidas em seu Ateliê, com textos escritos pelos confrades e confreiras da Academia de Letras. E aí, feita a conexão, começamos a fazer a interação via WhatsApp. Uma enviava pinturas e a outra encaminhava para o grupo da Academia e quem se identificasse enviava seu texto pronto. Mas, também, o que foi mais incrível, é que não faltou inspiração, diante de tantas imagens maravilhosas, para criar novos textos. E foi assim que aconteceu um momento de rara beleza com a Exposição “Traços e Letras”, em homenagem ao mês de aniversário da nossa querida Paracatu.” Detalhou a confrade Help
Era um casarão imponente. Daqueles que quem olhasse logo pensava “ali mora gente importante, gente de posses”. Pois é, naquela época, só quem era dono de posses, podia morar num casarão daquele tipo, assobradado. Famílias que viviam no vai vem das fazendas pra cidade. Traziam de lá o sustento básico, a carne de lata, queijo curado, rapadura, milho verde, abóbora de pescoço, ovos caipira, leite, daqueles tão puros, que formava densa nata por cima. Mas a vida é assim, segue seu curso, como um rio que, em movimento constante, vai por tantos e desconhecidos caminhos, que só Deus sabe onde vai dar. Muitas fazendas já não têm mais os mesmos donos. Aquele mesmo casarão, que um dia serviu de morada, abrigou também outras serventias. E hoje, quem ali mora é a cultura. A cultura das famílias das fazendas, a cultura da gente da cidade pequena, a cultura espontânea e erudita. E o casarão continua lá, imponente e abriu suas portas almofadadas e janelas de guilhotinas para os ventos criativos da música, da pintura, do teatro, do artesanato… Hoje ela é a Casa da Cultura. Help
Sanidade de Ismália
Pela força do amor, pela magia do anoitecer e amanhecer.
Ismália se curou.
Vejo sanidade em Ismália,
Mesmo ao desejar a Lua refletida nas águas do mar…
Mesmo ao pensar que a Terra gira para embalá-la.
Ainda que com asas, visite as estrelas cintilantes e traga caquinhos…
Que voe para suavizar sua tristeza.
Que vá em outra dimensão…
Vejo sanidade em Ismália
No banhar enluarado, no repouso de seus pensamentos, no
limiar dos seus sentimentos.
Mesmo sonhar, amar o mar, amar a Lua…
Não é loucura Ismália…
Autora: Maria Teresa Oliveira Melo Cambronio
INFÂNCIA
(a todas as crianças que não a têm)
Quando ao acaso pousa em ti
Dela, a lembrança
Transfigura-te, transportando-te
À infância.
O coração saltita e brinca
Com teu riso
Que como vela ao vento singra
O paraíso.
Que sublimes horas são tais
Querida, que em vida não retornam mais,
São só lembranças.
Que divina magia as reveste,
Oh Deus! E por que, Deus, não as destes
A todas as crianças?
Marcio Bartels
Outubro de 2011
Venham visitar a exposição!
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