EVOLUÇÃO OS PROS E CONTRAS

 

Observando tudo que nos rodeia, as coisas, pessoas, comportamentos, a evolução, percebemos alguns pontos positivos e outros negativos.   Adquiri um computador em época que uma porcentagem ainda pequena dos habitantes do planeta efetivamente tinha acesso aos benefícios da informática, quando queria um determinado relatório ou planilha, via MS DOS, era obrigado a criar as próprias fórmulas, era por demais trabalhoso, concordo, mas acabávamos exercitando a mente, mesmo usando tempo depois o EXCEL tinha de me desdobrar estudando e testando fórmulas.   Com o passar do tempo os experts no ramo de processamento e informática enxergando um filão, eliminaram muitas etapas “facilitando a vida” de quem quer que seja, e, num clic de mouse, todos nós começamos a bater palmas para o sossego e endeusar a criação que de alguma forma nos tornava indubitavelmente, mais burros.   Meio conservador ou um pouco mais conservador do que a maioria, nunca gostei muito de abreviação e atalhos, defendo sempre usar Excelentíssimo ao invés de Exmo., todas as vezes que posso e tenho controle, evito, particularmente acho feio, coisa minha.   Gradativamente nesse processo evolutivo deixamos de lado o hábito da leitura, olhamos os textos meio que adivinhando as palavras e, em alguns casos, com “meia passada de olhos”, queremos produzir a ideia pronta e acabada formando e transmitindo nossa opinião, tudo corrido mesmo.   Não critico de forma veemente a evolução e modernidade, mas sim a forma desmedida do uso.   Os profissionais das áreas ligadas à programação e processamento de dados, deitam e rolam, disponibilizaram programas destinados a “adivinhar” o que você pretende escrever, os corretores de texto que nada têm de humano, muitas vezes, nos colocam em cada furada, gerando palavras diferentes da nossa intenção, ufa!   Reitero aqui uma “verdade” que criei há algum tempo: Só se consegue fazer ou passar num bom atalho, quem já conhece o caminho completo.   E muitos dos atalhos produzidos pela tecnologia são disponibilizados e utilizados por leigos no assunto, é o que penso.   Por último, entendo que está ocorrendo conosco uma chamada desumanização.   Trocando em miúdos, cada vez mais agimos e tomamos atitudes tal qual ou dirigidos por máquinas, assim, estamos deixando de utilizar as máquinas para nos auxiliar e assessorar, invertendo o fator mando, nos transformamos cada vez mais em súditos ou assessores de um monte de ferro e lata.

Miguilim-mais desumanizado – Boa semana!

Miguel Francisco do Sêrro – Advogado

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O Lábaro

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