ESCOLHAS
Seja para o Norte ou Sul sempre somos submetidos a um processo de decidir qual caminho tomar. Quando no meu último trabalho como servidor público, nos patrulhamentos deparávamos com os chamados “andarilhos”, essas pessoas invariavelmente com características de distúrbios mentais vagavam e até hoje são vistas em eterna caminhada nas margens das rodovias, o curioso é que cumpríamos um plantão, daí, no próximo dia de trabalho conseguíamos repetir a dose, visualizávamos o mesmo indivíduo povoando o acostamento da BR, e pasmem, muitas das vezes era possível observar que quem seguia para o norte, dois dias depois caminhava determinado em direção sul. Fazia crer que ao dormir, os desprevenidos andantes rolavam na cama improvisada, no outro dia reiniciava a caminhada rumo ao ponto de onde partira, sem nenhum controle em relação à origem/destino. Observando esse comportamento tipo “tanto faz”, seria um modelo a ser adotado para sofrermos menos? Ou esse jeito de pouco importa faz é sofrermos mais do que de costume? Penso que seguir rumos capitaneados por refinada análise é a melhor opção. Entendo que o humano pensante deve estabelecer metas, programar, traçar objetivos para de certa forma ter um controle da trajetória a seguir. Diante de certas situações, é certo que podemos nem ter mais de uma alternativa, nesse caso, fazemos opção apenas de como agir para atingir determinado objetivo. Ora pois, mesmo quando não obrigados, é importante estarmos sempre atentos, e, independente do que pretendemos fazer, nossas escolhas devem ser pautadas em critérios técnicos. Ai você me diz, e quando a vontade vem do bruto (coração) dá para ser técnico? É bem verdade que olhos não têm cerca, no entanto, se consultar sua massa cinzenta é bem possível que você enxergue numa pessoa fisicamente não tão bela, uma beleza tão pura e maravilhosa que só com os olhos do seu coração pode ver.
Miguilim – Com o coração cinzento de tanto pensar – Boa terça-feira!
Miguel Francisco do Sêrro – Historiador e Advogado
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