Criação recorde de postos de trabalho e upgrade histórico do destino Minas estão entre destaques da Cultura e do Turismo
Secretaria se mobilizou para minimizar efeitos da pandemia por meio de novos editais. Destaque, ainda, para lançamento da rota Liberdade e de programas como o Reviva Turismo
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) superou a meta de criação de emprego em 2022. A pasta, que no ano passado havia estabelecido o objetivo de gerar cem mil empregos em um ano após o lançamento do Programa Reviva Turismo, conseguiu atingir 108 mil postos de trabalho em tempo recorde, até setembro deste ano. O resultado foi apresentado no relatório do segundo ciclo do Assembleia Fiscaliza, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na segunda-feira (12/12). Criado em 2019, o programa estabelece que os dirigentes do Executivo Estadual prestem contas sobre sua gestão ao parlamento mineiro. Outra meta alcançada pela Secult foi a de colocar Minas Gerais no segundo lugar do ranking de cidades mais visitadas no Brasil, de acordo com dados do IBGE, que aponta ainda que o estado cresce o dobro da média nacional no setor de Turismo. Junto com a criação de empregos, a proposta estava no escopo do programa Reviva Turismo, lançado no final da pandemia justamente para promover a retomado do setor. “As pessoas vêm pela cozinha mineira, pelo queijo, vêm pelo nosso patrimônio histórico, e também pela nossa natureza pujante, com milhares de cachoeiras. Mas em tudo isso está entremeada a mineiridade. O modo de receber de nós mineiros faz com que a gente esteja, de acordo com a plataforma Booking, entre as regiões mais acolhedoras do planeta”, afirma o secretário Leônidas Oliveira. O estado atualmente apresenta o maior número de municípios turísticos do Brasil. Com 596 cidades cadastradas, Minas possui o dobro de destinos turísticos de toda a região Sul do país. O cadastro de prestadores de serviços no Cadastrur bateu recorde em 2022, registrando 11.145 inscrições. Parte importante dos esforços da secretaria estão no Descentra Cultura, projeto que visa descentralizar a Cultura em Minas Gerais, levando investimentos a mais municípios e estimulando, assim, a geração de emprego e renda. O documento apresentado na ALMG revela também que, de janeiro a novembro, foram investidos R$ 212 milhões, sendo R$ 129,4 milhões empenhados do próprio cofre e 82,6 milhões captados por meio de leis de fomento. “Chegamos a números interessantes. Antes, 95% da Lei de Incentivo era concentrada em Belo Horizonte, hoje é 60%. Ou seja, houve uma distribuição melhor de recursos, sobretudo no que tange ao Fundo Estadual de Cultura”, completou o secretário. Atrativos O fato de Minas ser o segundo estado que mais atrai turistas no país é resultado de trabalho e planejamento. “Tivemos o edital Reviva Turismo com R$ 10 milhões para promoção do setor, e ainda o edital Mineiridade neste último semestre, disponibilizando R$ 5 milhões para o segmento. São várias ações e também há uma parceria muito importante com o trade turístico, com a iniciativa privada, e com a Assembleia Legislativa, que nos deu suporte para uma retomada segura”, destacou o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Cozinha mineira O excelente desempenho do estado no Turismo não seria o mesmo sem a cozinha mineira. Segundo os dados da pesquisa de demanda turística, divulgados pela Secult em 25/11, a comida local é o principal atrativo para 22% dos visitantes que vêm a passeio. Não por acaso, diversos editais em 2022 fomentaram festivais gastronômicos por todas as regiões. Nesse contexto, o queijo mineiro é um protagonista da gastronomia local. Por isso, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal é candidato a patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. Uma comitiva composta pela Secult, Seapa, Iepha, Iphan e produtores de queijo foi até o Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, para mostrar a iguaria para o mundo. “A cozinha mineira é um fator de pertencimento, que significa a cozinha como elo de ligação. Além do valor identitário, a cozinha mineira traz o fomento de toda uma indústria, desde a agricultura familiar até os botecos”, lembrou Leônidas Oliveira. Parceria Ao prestar contas da gestão à ALMG, Leônidas Oliveira fez questão de lembrar que a Casa Legislativa é fundamental para que os projetos do Executivo sejam realizados. “Por várias vezes comissões de Gastronomia, Turismo e Cultura se reuniram para debater. E esses debates não ficam no vazio, porque são os debates que acontecem aqui, as leis criadas aqui, que chegam ao governo e balizam a nossa ação.” O secretário contou que, para o próximo ano, uma grande expectativa em relação à ALMG é a aprovação da comissão de Gastronomia e Turismo como permanente e a aprovação do projeto de lei que cria o Descentra Cultura. “Com esses dois projetos aprovados, acho que vamos caminhar muito”, finalizou.
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