Crea-MG e AMM fazem levantamento sobre engenharia e saneamento nos municípios mineiros

Com o objetivo de conhecer a realidade da prestação do serviço de saneamento básico nas cidades mineiras, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) está realizando uma pesquisa nos municípios que relaciona o exercício da engenharia à atividade. O levantamento quer saber, por exemplo, se a cidade possui algum órgão específico que cuida da gestão do saneamento básico, se está vinculada a alguma agência de regulação, quantos engenheiros contratados pela prefeitura exercem atividades na área. A pesquisa é coordenada pelo Grupo de Trabalho de Saneamento e Recursos Hídricos do Crea-MG e tem o apoio da Associação Mineira de Municípios (AMM).

O prazo para as cidades preencherem o formulário segue até o dia 26 de agosto de 2022. Até o momento, mais de 130 já responderam a pesquisa. Os gestores dos municípios mineiros que lidam com a questão do saneamento podem acessar o questionário de 15 itens disponível no site do Crea-MG ou pelo link direto bit.ly/engenhariaesaneamentoMG.

O coordenador do GT do Crea-MG, engenheiro civil Vitor Queiroz, explica que esse tipo de levantamento é fundamental para entender como o serviço está, e se está, sendo prestado. “Considerando que um dos principais gargalos dos serviços de saneamento é a falta de capacidade técnica e institucional de vários municípios, e eles são os titulares, é fundamental ter um diagnóstico da atuação dos profissionais”, afirma Vitor. Ele detalha que a engenharia tem um papel fundamental no setor, contemplando não só a parte de projetos, implantação e operação, mas também a formulação da política pública, o planejamento e a gestão dos serviços. “A partir dos resultados da pesquisa, será possível contribuir com sugestões para melhorar tecnicamente esse serviço, tão essencial para a população”, pontua.

O assessor do departamento de Meio Ambiente da AMM, Licínio Xavier, reconhece que muitas cidades mineiras têm limitações nos serviços de saneamento. “Percebe-se que as atividades que envolvem o saneamento – tratamento de água e de esgoto sanitário, drenagem urbana e coleta, transporte e destinação final dos resíduos – ainda deixam a desejar, sobretudo, no viés relativo ao esgotamento sanitário e resíduo urbano. Essas áreas exigem projetos e, a grande maioria dos municípios mineiros, não tem poder financeiro para executá-los”, detalha.

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