Copasa fecha o primeiro trimestre do ano com crescimento de 6% na receita
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) fechou o primeiro trimestre de 2021 com um crescimento de receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos em 6,0% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo cerca de R$1,28 bilhão. Os principais fatores que influenciaram esse crescimento foram: o reajuste tarifário de 3,04% aplicado a partir de novembro de 2020; o crescimento de 2,5% no volume medido de água e de 2,3% no volume medido de esgoto, por economia (unidade consumidora); e o crescimento no número de economias de água e esgoto de, respectivamente, 2,8% e 2,6%.
Os números foram apresentados hoje pelo diretor-presidente da Copasa, Carlos Castro, e a diretoria executiva da empresa durante teleconferência com investidores e jornalista, que reuniu mais de 200 pessoas. De acordo com os resultados apresentados, no mesmo período, a empresa registrou lucro líquido de R$219,8 milhões, alta de 36,7% sobre o mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou, até março, R$520,2 milhões, avanço de 9,5% sobre o primeiro trimestre de 2020.
O resultado positivo da Copasa reflete, principalmente, o comportamento das receitas que cresceram em patamar superior ao dos custos e despesas, bem como o comportamento do resultado financeiro, que apresentou expressiva redução no déficit, no período em análise. Observa-se que a Companhia manteve, nos primeiros três meses deste ano, a sustentabilidade econômico-financeira, com continuidade da política de ajuste de custos, refletindo nos bons resultados do último trimestre, em que os custos cresceram em proporção inferior à receita.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Copasa, Carlos Berto, explicou que a Companhia chegou em março de 2021 como concessionária de prestação de serviços de água em 640 municípios e de esgotamento sanitário em 310 cidades. Hoje, segundo ele, 77,5% das receitas de água e esgoto da Companhia eram provenientes de concessões cujos prazos de vencimentos ocorrem após janeiro de 2034.
Na mesma data, encontravam-se vencidas concessões referentes a 69 municípios, representando cerca de 3,2% das receitas de água e esgoto. Atendendo ao princípio da continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais, os serviços continuam sendo prestados e faturados normalmente pela Companhia.
Investimentos
Os valores projetados do Programa Plurianual de Investimentos da Copasa, conforme aprovação pelo Conselho de Administração, para o período de 2022 a 2025 somam R$5,17 bilhões, que estão distribuídos da seguinte forma: 2022 – R$1,37 bilhão; 2023 – R$1,28 bilhão; 2024 – R$1,28 bilhão; 2025 – R$1,25 bilhão. Esses investimentos visam a ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, extensão de redes, segurança hídrica, combate a perdas, desenvolvimento empresarial, atendimento de metas regulatórias e de eficiência, compromissos de concessão assumidos, reposição de ativos depreciados, bem como consecução do objeto social e missão da Companhia, garantindo a sustentabilidade e perenidade da empresa.
Este ano, os investimentos previstos pela Copasa totalizam R$1,31 bilhão. Com esses investimentos, a Companhia procura atender as demandas dos clientes e dos poderes concedentes, em busca da universalização dos serviços.
Quanto à Copanor, o programa de investimentos para 2021 é de R$47,2 milhões, até março foram investidos R$4,1 milhões. O objetivo desses investimentos é ampliar as condições de infraestrutura da prestação de serviços na área de atuação que abrange o Norte e Nordeste do Estado, melhorando a saúde e promovendo o desenvolvimento econômico e social dessas regiões.
Oportunidades e desafios
Ao falar do novo marco regulatório, o diretor-presidente da Copasa, Carlos Castro, destacou a maturidade do ambiente regulatório da empresa e do Estado. Segundo ele, a Companhia já desenvolve a previsibilidade das normas regulatórias e a regularidade das regras tarifárias. Carlos Castro destacou também a transparência na definição das tarifas e segurança jurídica e regulatória já estabelecidas em Minas.
O diretor-presidente da Copasa, Carlos Castro, destacou a capacidade técnica instalada da empresa, gestão regulatória proativa e tarifas competitivas. Para ele, os desafios estão na adequação dos contratos ao novo marco, garantir remuneração adequada dos investimentos, adequar os processos às normas da ANA, mitigar eventuais sanções, uniformizar processos internos, agregando valor aos processos e ser referência no setor. Carlos Castro também destacou, ainda, importância da Agenda ESG – Ambiental, Social e Governança Corporativa, para o futuro da empresa, determinando o seu melhor desempenho financeiro.
A governança e o compromisso com a integridade dentro da empresa também foram apresentados. Por meio de investimento da educação à distância cerca de 10 mil empregados já foram capacitados em integridade. Também foram treinados 111 fornecedores e parceiros. O treinamento de líderes, engenheiros e técnicos também mereceram destaque.
Tecnologia
A diretora de Relacionamento e Mercado, Cristiane Schwanka mostrou o trabalho que vem sendo construído o relacionamento com a agência reguladora. Nas relações comerciais para recuperação de faturamento, Cristiane Schwanka destacou as campanhas de negociações, o combate às fraudes, a cobrança por disponibilidade de rede e a atuação para proteção das receitas atuais da companhia.
Na gestão de relacionamento com o cliente, Cristiane Schwanka, falou do investimento nos canais digitais e em tecnologia. Com plataforma multicanal, os clientes vão ter disponíveis webchat, chat bot, pesquisa de satisfação e plataforma digital de pagamento. No contato proativo com o cliente os destaques são alerta de débito, cobrança com link fatura, campanhas atualização cadastro e campanhas de envio fatura por e-mail.
O diretor de Operações, Guilherme Frasson, apresentou a reestruturação organizacional da área. Hoje o setor possui uma diretoria, seis unidades de negócios e 26 gerências regionais, que permitem mais agilidade nas tomadas de decisões. Ele destacou que os níveis dos reservatórios atingem atualmente valores médios de 98,20%.
O diretor Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimentos, Ricardo Simões falou sobre migração das unidades consumidoras em alta e média tensão para mercado livre de energia, que possibilitará a redução do custo de energia; a utilização de energia limpa como a energia solar fotovoltaica, que pode gerar novos mercados. Segundo ele, a empresa busca a eficiência operacional, com redução de custos diretos e automação de sistemas operacionais de água e de esgoto.
No desenvolvimento ambiental, Ricardo Simões destacou os principais projetos em desenvolvimento. Um deles é o Pró-Mananciais, que promove a sustentabilidade ambiental, econômica e social, protegendo os mananciais; qualidade e quantidade das águas. Ele falou também da política de segurança de barragens e dos projetos em andamento na área.
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