ALGUMAS MANHÃS

 

Humanos que somos, logo ao despertar e sentir o suave toque da brisa no rosto percebemos sei lá como, estarmos num dia diferente.   Por uma ou algumas razões explicáveis ou não, entendemos e nos sentimos meio mais sensíveis que de costume.   O café que lhe oferecem parece com um sabor pra lá de especial, os pássaros que rodeiam a casa gorjeiam melodias um tanto quanto mais belas (no meu caso um casal de sabiás).   Sabe os primeiros raios do sol?   Sim, eles aquecem sua pele cuja temperatura faz crer ter sido preparada por encomenda, ou seja, na medida certa, e, de forma tão gostosa o “astro rei” nos serve, e por tal razão sentimos ter, o Rei Sol saído humildemente de seu trono apenas e tão somente para nos servir.   Por tudo isso ainda bem cedo, começamos a dizer que ganhamos o dia.   Quantos são os dias da nossa vida em que sentimos tais sensações?   Ao sair de casa, para completar, até aquela pessoa sisuda que mal lhe respondia lhe dirige um afável bom dia!   Opa!   Não se trata de sonho, é real, tudo funcionando redondinho, maravilha!   Então mãos à obra!   Distribua gratuitamente os mais largos sorrisos, não desperdice o momento, viva como se fosse seu último dia, e quem pode assegurar que não?   A última curva da vida pode estar próxima, tão logo dobrarmos a esquina poderemos perecer, e ai?   De coração ame, algo, alguém ou um monte de coisas, abrace seu animal de estimação.   Não permita que a sensação boa se afaste sem usufruir, rogue ao Criador que este dia seja duradouro, concentre cem por cento nas coisas boas, pensamento positivo.   Diferentemente de muitas ocasiões, esses benditos dias bons têm de ser explorados, abrace, expresse toda a sua alegria, já existem dias e momentos ruins demais para ficarmos sérios, sofrer e chorar.   Não perca tempo presumindo como será o amanhã, saiba que poderá ser um dia comum, então vai ficar parado?   Falando desses dias especiais, amanheci assim, e como tenho feito em muitos momentos, comecei logo cedo ouvindo o Zé Ramalho, e, o inigualável intérprete canta uma de suas poesias, e eu, nela viajo.   Canções que falam de amor e dor, de dúvidas e prazer, de viver e sofrer e finaliza dizendo não saber onde a felicidade está.   Quer saber?   Perca tempo não, mergulhe na satisfação, chute o traseiro da tristeza, viva enquanto é tempo.   O amanhã?   Te conto rapidinho.   O amanhã tem pouca importância, quase nenhuma.   O amanhã para nós que nem sabemos se nele vamos chegar, só vale se estivermos nos referindo em relação ao dia de ontem, pois assim estaríamos no hoje.   Para valer mesmo a pena essa vida, conta mesmo é o hoje.   Um último lembrete, para garantir um “novo hoje” amanhã de manhã, precisa mesmo se cuidar e manter-se vivo e forte, que eu saiba, só nascemos uma vez.

Miguilim vivo hoje – Gracias a la vida! – Boa sexta-feira!

Miguel Francisco do Sêrro – Historiador e Advogado.

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O Lábaro

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