A Academia de Letras do Noroeste de Minas recebe novos membros
Posse dos acadêmicos
Recentemente, o professor e historiador Alexandre Gama e Ana Carolina licenciada em Letras e professora de Língua Portuguesa foram eleitos para serem os mais novos imortais da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM). Os novos membros foram eleitos, respectivamente, para as cadeiras 1 e 34, com votação expressiva.
Composição da Mesa
A mesa foi composta pela Presidente da Academia Dra. Daniela de Faria Prado, Vice-presidente Dra. Helen Ulhôa Pimentel, recipiendário Alexandre Gama e Ana Carolina, Secretário Municipal de Cultura e Turismo Márcio da Silva Couto, familiares e amigos.
Trecho de saudação lido pela Presidente da casa Dra. Daniela Prado sobre a nova acadêmica Ana Carolina
“Ana Carolina Campos de Carvalho nasceu em 24 de setembro de 1981 em Brasília, mas, residindo toda sua infância e adolescência em Itajubá-MG, se diz Itajubense. Soube que recentemente fez as pazes em ser ‘candanga”, e por visitar vovó Tiana e Vovó Lilia aqui em Paracatu e Guarda-Mor, passava por aqui suas férias e feriados. Residido fixamente há 17 anos em Paracatu, também se sente bastante paracatuense. Filha dos professores Sr. Farnezio Moreira de Carvalho Filho. e Sra. Luciene Campos de Carvalho, é irmã de Pablo e Maristela, é esposa de João Gabriel, mãe da Isabella e do João Pedro. É licenciada em Letras e mestre em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais, é professora de Língua Portuguesa, Redação, Literatura, Língua Inglesa e tem vasta experiência em coordenação pedagógica. Em sua dissertação, com recorte na Literatura Norte Americana, pesquisou Toni Morrison, em sua obra O olho mais azul. Com mais de 20 anos de exercício como professora, é corrente estudiosa, voltando olhares recentemente para a representação das mulheres negras na Literatura Brasileira. Atualmente é professora no colégio Dom Elizeu, CCAA Centro de Idiomas e CDF, cursinho pré-vestibular. Ana Carolina participou da organização de eventos acadêmicos no Curso de Letras da FALE, onde foi professora substituta e no curso de Letras da Faculdade TECSOMA, onde ocupou por 4 anos a cadeira de professora de Literatura Brasileira. Possui projeto de dicas de redação, uso do idioma e literatura nas redes sociais e já é parceira da Academia de Letras do Noroeste de Minas em projetos como Enem Te Conto, Clube de Leitura e FliParacatu.”
Trecho de saudação lido pela Vice-presidente Dra Helen Ulhoa sobre o novo acadêmico Alexandre Gama
“Como Historiador do Município exerceu um papel importante para a valorização do patrimônio e a formação de um corpo técnico na secretaria de Cultura. A paixão com que apresentou a cidade em um seminário que contava com a presença do presidente do IPHAN, foi fundamental para a aprovação do projeto de tombamento do Núcleo histórico de Paracatu pelo IPHAN em 2012. Sua estratégia foi vincular a história de Paracatu à encruzilhada de caminhos, que vinham do Rio, de São Paulo, do Norte de Minas, indo para Goiás, destacando a importância de Paracatu para a interiorização da colonização do Brasil. Essa palestra foi transformada em um texto que compôs o dossiê para defesa da candidatura de Paracatu a Patrimônio Nacional.
Ele tem o dom de encantar, e atribui sua vontade de contar histórias a experiências de relatos familiares marcantes sobre as vivências de seu avô que conduzia o gado de Fifico Chaves (importante fazendeiro que teve muita influência sobre os rumos da História da Cidade por ter se tornado amigo de Juscelino Kubtischeck) para ser vendido em Barretos. Esse é um capítulo fundamental na vida de Alexandre, pois, quando chegou na idade escolar, seu pai trabalhava em uma fazenda e ele veio para a cidade, morar com sua tia Romualda, a Tia Ninha, que, quem é de Paracatu sabe bem quem é. Ela morava no Santana e tinha 4 filhos, que se tornaram seus companheiros nas incursões pelo Santana e por sua história, mas a importância desse período não fica por aí, pois sua tia tinha o hábito de reunir as crianças para conversar e contar as histórias antigas da cidade e da família, principalmente do seu avô Dico. Ele classifica essas narrativas de hipnotizantes, porque ficavam impressionados, por exemplo, com o número de cabeças de gado que eles levavam em uma única viagem, que era 2.000, com as peripécias que envolviam estouro da boiada, os locais por onde a comitiva passavam, como a cidade ia para as ruas para ver o gado passar. Essas histórias despertaram nele o sentimento de pertença à cidade e às suas histórias. Educação patrimonial é para ele algo que dá sentido à vida.”
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