DOCUMENTÁRIO RAÍZES VIVAS: A CARETAGEM DE SÃO DOMINGOS
Com um olhar sincero e emocionado, o documentário utiliza imagens impactantes, entrevistas e relatos de moradores para contar como a caretada se tornou um símbolo da conexão da comunidade com suas origens.
O documentário “Raízes Vivas: A Caretagem de São Domingos” traz à tona a rica tradição da festa da caretada, celebrada pela comunidade quilombola de São Domingos, localizada em Paracatu -MG. O filme destaca a importância dessa festa para preservar as raízes afro-brasileiras da região e celebra a cultura local, mostrando como a comunidade luta para manter suas tradições e sua cultura viva a mais de 200 anos.
Dirigido por uma cineasta nascida em São Domingos, o projeto tem um olhar autêntico sobre o cotidiano da comunidade. “Raízes Vivas” faz parte do projeto Lei Paulo Gustavo, que visa conscientizar sobre a importância da preservação cultural e fortalecer os laços entre as gerações. Além de retratar uma festa tradicional, o documentário é uma homenagem à resistência e ao orgulho da comunidade quilombola de São Domingos.
Paracatu conta com cerca de 3.000 quilombolas, o município se destaca como um dos maiores polos de quilombos em Minas Gerais, com mais de 5 quilombos reconhecidos e mais de 10 ativos. Raízes Vivas é um testemunho da força da cultura afro-brasileira e da importância de manter viva a história e as tradições da comunidade quilombola de São Domingos. Nos últimos anos, Paracatu tem se destacado pelo desenvolvimento de seu setor cultural, com iniciativas que valorizam a história e as tradições locais.
A gestão municipal tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, apoiando projetos culturais, como o documentário “Raízes Vivas”, e promovendo eventos que celebram a diversidade e a riqueza cultural da cidade. Além disso, a administração tem investido na revitalização de espaços culturais e na formação de parcerias com a comunidade, garantindo que as tradições quilombolas e outras manifestações culturais sejam preservadas e transmitidas para as futuras gerações. Esse trabalho da gestão municipal reflete o compromisso com a cultura e a identidade local, tornando Paracatu um exemplo de valorização de suas raízes e de seu patrimônio imaterial.
HISTÓRIA DA CARETAGEM
A Caretagem de Paracatu é uma festa cuja origem reflete o sincretismo entre as culturas de matriz afro-brasileira e europeia, especialmente a religiosidade católica. Os participantes dessa tradição, que remonta ao período colonial, usam um traje típico composto por tiras coloridas que cobrem todo o corpo, além de chapéus, guizos, sinos, bastões e máscaras. Em razão de manterem a identidade sob anonimato durante todo o cortejo, os dançantes passaram a ser chamados de caretas.
O festejo, que segue no ritmo da música e da dança, começa na noite de 23 de junho, ou seja, na véspera do nascimento de São João Batista, e se encerra com um almoço no dia 24 de junho. A celebração, portanto, homenageia o santo católico e é tão antiga cuja história é indissociável da própria trajetória e desenvolvimento de Paracatu. Quem mantém viva essa tradição são as comunidades quilombolas, como o Quilombo da Família dos Amaros. O grupo é chamado de Caretos e são reconhecidos como Patrimônio Imaterial da Humanidade da Unesco.
Fonte: https://www.paracatu.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/3289/documentario-raizes-vivas-a-caretagem-de-sao-domingos
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