HOMENAGEM PÓSTUMA, A DONA ZENÓBIA VILELA LOUREIRO
A Prefeitura Municipal de Paracatu, através da Fundação Municipal Casa de Cultura, homenageiou na noite de quinta-feira (17), “Dona Zenóbia Vilela Loureiro” – que teve sua foto descerrada no salão de fotografias.
O salão de fotografias é um espaço determinado na casa para homenagear personalidades que dignificam o nome de Paracatu, nas diversas áreas: cultural, social, política, empresarial, econômica, comunitária e científica.
As indicações são feitas pela comunidade, analisadas e aprovadas pelo conselho de fotografias. O conselho é um órgão representativo da sociedade paracatuense, formado por membros das diversas entidades culturais da cidade.
A biografia do homenageado fica registrada para sempre no livro de ouro, arquivado na casa de cultura, e sua fotografia é acrescentada na parede da galeria.
Helen Ulhoa, vice-presidente da Academia de Letras do Noroeste de Minas fez a leitura da biografia da Dona Zenóbia Vilela Loureiro.
Biografia
A Dona Zenóbia filha do senhor Estanislau Loureiro Gomes e da senhora Augusta Vilela Loureiro, nasceu em Paracatu, à Rua do Ávila, no dia 18 de maio de 1910. Iniciou os estudos elementares no Grupo Escolar Afonso Arinos.
Em 1928, ainda estudante, ingressou como professora daquele renomado educandário, então dirigido pela sua tia Olindina Loureiro. Foi aluna da primeira turma da escola normal de Paracatu, concluiu o curso normal em 1930. Em 1932 e 1933, estudou na escola de aperfeiçoamento em Belo Horizonte. Fez diversos cursos de direção em empresas e de economia doméstica em Viçosa e Brasília.
Quando professora, sempre lecionou para segundas e terceiras séries. Em 1936, assumiu a direção do Grupo Escolar Afonso Arinos e deixou-a somente em julho de 1958, ao aposentar-se. De 1963 a 1971, dirigiu a Escola de Economia Doméstica Rural que era subordinada ao Ministério da Educação, ocasião em que foi extensionista na escola da Lagoa de Santo Antônio e Santa Rita. Após 1971, passou a auxiliar seu irmão Paulo Vilela no estabelecimento comercial da família.
Por seus méritos literários foi membro correspondente da Academia de Letras de Petrópolis. Foi membro efetivo, fundador da Academia de Letras do Noroeste de Minas e ocupante da cadeira número 29, cujo patrono é João Guimarães Rosa. A característica da homenageada é sua bondade. Em cada ser humano via sempre o lado positivo. Seus gestos eram nobres, como os seus atos. Sua fidalguia estava sempre ao lado da simplicidade, modéstia e fulgurante inteligência que a identificavam.
A sua produção literária revela toda a sensibilidade, delicadeza e força da sua alma. Está presente na glorificação de Paracatu, terra natal que ela soube engrandecer em prosa, verso e ações. São produções inspiradas da dona zenóbia: o flamboyant floriu; Paracatu, um passeio no tempo; o sobradinho; janelas de caixilhos e a obra essencialmente pedagógica “bitu e sarapatel”.
Dona zenóbia teve uma vida de devotamento à cultura, à educação e à grandeza espiritual. Veio a falecer em Paracatu, aos 89 anos incompletos, no dia 12 de maio de 1999.
Deixou-nos uma grande saudade.
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