A dengue vencerá Paracatu?
Mato alto pode ser esconderijo de mosquito da dengue
O mato alto encontrado em terrenos baldios particulares, ganha vida e volta a crescer assustadoramente nos milhares de espaços desocupados e abandonados por seus proprietários.
Em grupos de whatszapp podemos ver várias reclamações sobre o matos altos nos bairros e centro da cidade. Essas reclamações ocorrem em um momento singular, quando toda a população começa a tomar conhecimento da gravidade das doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, um pernilongo que está por todos os bairros da cidade e cresce em locais onde encontra água. Esses terrenos abandonados são potenciais criadouros do inseto que está provocando o mais grave problema de saúde pública das últimas décadas e com consequências até agora inestimáveis – ainda não se sabe a extensão dos danos que serão provocados pelo mosquito. Não há como conter a proliferação do mosquito sem mudanças drásticas nas frentes de combate ao Aedes aegypti, com o aparelhamento dos setores de fiscalização, as campanhas educativas, e etc.
As reclamações ganham importância porque demonstram a conscientização e o poder de articulação de uma parcela da população. Também alertam para a necessidade de mudanças – tanto das autoridades, que tem que agir mais energicamente contra um problema que poderá chegar a um ponto por situações provocadas por proprietários de lotes sem a devida limpeza e cuidados. Não há política de saúde pública eficaz sem a participação popular.
Nesses terrenos crescem outros insetos e animais, portadores de doenças igualmente letais, como a leptospirose, transmitida pela urina do rato, escorpiões e outros.
Não há uma saída milagrosa para mudar o atual quadro. Tomara que, pelo menos, minimamente, as epidemias provocadas pelo mosquito da dengue ajudem a impulsionar medidas que vão melhorar a limpeza dos terrenos vazios. Denunciar os pontos mais sujos é um primeiro passo. Esses proprietários desses lotes e população num geral, devem fazer a sua parte, quem não cuidar deve ser multados e advertidos. – não é hora de acirrar as penalidades e cobranças previstas na legislação? E o poder público fazer a sua parte, e todos juntos contra a dengue.
Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus da SES-MG
Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 1.726 casos prováveis da doença, dos quais 1.223 foram confirmados. Até o momento, um óbito foi confirmado por Chikungunya em Minas Gerais e nenhum óbito está em investigação.
Quanto ao vírus Zika, até o momento, não foram registrados casos prováveis, nem confirmados da doença. Também não há óbitos confirmados ou investigação por Zika em Minas Gerais.
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