Câmara Municipal de Paracatu homenageia senhor Ildeu Novaes Pinto
A Casa Legislativa de Paracatu na noite de ontem (17), recebeu o senhor Ildeu Novaes Pinto, para a entrega da Concessão de Moção de Regozijo, de autoria da Vereadora Vera Lemos.
A casa ficou ainda mais bonita, pois o momento foi de grande emoção e alegria. O evento contou com a presença da Presidente a vereadora Claudirene Rodrigues, da autora da Moção Vera Lemos, representando o prefeito Dr. Edmar, parlamentares, familiares e amigos.
Durante a entrega da Moção várias correspondências foram lidas, vídeos sobre o homenageado, filhos, genro, sobrinhos, netos agradeceram ao senhor Ildeu pela sua vida e ensinamentos.
BIOGRAFIA
Nasceu em Paracatu no dia 14 de março de 1925 na antiga Rua do Peres, atual Rua Américo Macedo, ao lado do antigo Automóvel Clube. Filho de Afonso Novaes Pinto e Joviana Caldas Pinto. Seu pai, Pernambucano da cidade de Cabrobó, sua mãe filha de Paracatu.
Aos 7 anos, frequentava a escola estadual Afonso Arinos pela manhã e á tarde dirigia o velho caminhão do seu pai, tirando areia da praia para faiscar ouro. No fim da tarde, carregava o velho caminhão com areia para vender na cidade. Por vários anos seguiu essa rotina de estudo e trabalho.
Sua mãe, querendo um trabalho independente, buscou trabalho para ele no comércio bem perto de sua casa. Era a Casa de Creolo, em 1939, onde trabalhou por alguns anos. Saindo da Casa de Creolo, foi para a casa de comércio de Pinduca. Trabalhou lá por outro bom período.
Saindo do comércio, aos 10 anos, após concluir o primário, foi para a fazenda de seu pai, à beira do rio Paracatu, conhecida como Retiro, onde havia o Porto Buriti responsável por receber mercadorias vindas do Nordeste.
Em seguida, foi navegar numa barca com seu pai, pelo Rio Paracatu. Trafegavam de Paracatu para Pirapora, em busca de mercadorias como sal, entre outras. Mais tarde veio a navegação a vapor, interrompendo os serviços de barca.
Trabalhando na roça conseguiu reunir uma importância em dinheiro suficiente para comprar um caminhão. Deixou os rios viajar pelas estradas. De Paracatu para Belo Horizonte e também outras partes do país, trazendo mercadorias para o comércio da cidade, e cimento para a construção de Brasília.
Como não obteve recompensa satisfatória, vendeu o caminhão e não podendo ficar parado, em 1962 entrou para a CEM (Campanha de Erradicação da Malária) trabalhando como motorista no serviço de erradicar o vetor da malária com o poderoso inseticida BHC. No serviço público federal ocupou vários cargos ao longo do tempo, até se tornar o Chefe do Distrito, posição na qual se aposentou em 1995.
Aposentado, passou a observar, de casa, com mais cuidado, o repicar dos sinos na cidade chamando os fiéis ao cumprimento do dever a Deus. O som lhe era comum desde a infância nos arredores da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
E de repente o som dos sinos se calou com a morte de Gustavinho Béin Béin, responsável por toca-los. O silêncio dos sinos mexia com suas memórias. Dia após dia se relembrava do badalar dos sinos, até que um dia resolveu, por sua fé, lembrar-se do sagrado repicar dos sinos. Subiu as escadas de madeira e assumiu a missão de badalar os sinos. Há mais de 30 anos trouxe de volta a alegria de fazer soar os sinos.
Em 2015, resolveu assumir, sozinho, a responsabilidade de chamar os fiéis para as festividades de São Bendito, repicando os sinos ao meio dia e às 18 horas durante os 9 dias da novena. Atualmente repassar a forma de tocar os sinos e para sua filha Maria Antônia e para seus netos Davi e Arthur para que eles não deixem os sinos silenciarem-se mais uma vez.
Nos dias de hoje, continua guiando seus filhos, netos e bisnetos no trabalho e honestidade com que tocou sua vida inteira.
A Presidente, Vereadora Claudirene Rodrigues e a autora da honraria à vereadora Vera Lemos fazem a entrega da Concessão de Moção de Regozijo ao senhor ILDEU NOVAES PINTO.
Momentos do evento!
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