Governador reafirma o compromisso de Minas na atração de empresas com responsabilidade ambiental
Programa Rota de Descarbonização tem como objetivo buscar ‘investimentos verdes’
O governador Romeu Zema participou, nesta quarta-feira (15/2), no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), da abertura do workshop preparatório para o Programa Rota de Descarbonização de Minas Gerais. O evento é o primeiro de outros encontros que tem como objetivo firmar aliança público-privada para descarbonizar a economia e atrair empresas que têm responsabilidade ambiental em suas práticas, conhecido como investimento verde. Dentre as ações desenvolvidas pelo Governo de Minas para promover a descarbonização destacam-se a criação do Fórum Mineiro de Energia e Mudanças Climáticas, além do início da elaboração, pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), em 2022, do Plano Estadual de Ação Climática, que define ações e metas de redução de emissões. Em 2021 e 2022, o Estado esteve presente nas COP 26 e COP 27. O Projeto de Lei nº 3.966/2022, que irá instituir a Política Estadual de Enfrentamento das Mudanças Climáticas no Estado e que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), é outra iniciativa do Governo de Minas. Avanços Durante pronunciamento, Zema destacou a importância da ‘economia verde’ para o desenvolvimento de Minas Gerais. “É um prazer recebê-los aqui para debatermos uma pauta tão importante, que é aliar o desenvolvimento sustentável com melhorias para a população. O mundo está mudando. Só vamos conseguir exportar nossos produtos se provarmos que aquilo que é produzido em Minas Gerais é feito com responsabilidade ambiental”, destacou. De acordo com o governador, Minas já registrou avançou significativos e busca avançar. O estado lidera a geração de energia solar no país, com 99,5% da matriz de fontes renováveis. O estado também está na liderança com a maior área de florestas plantadas, com 2,3 milhões de hectares e 1,3 milhão de hectares de área preservada. O estado é grande fornecedor de carvão vegetal para as siderúrgicas produtoras de ferro-gusa, insumo utilizado na fabricação do aço. Já o setor sucroalcooleiro de Minas é o de maior potencial para produção de energia a partir da biomassa entre os estados do Brasil. Race to zero A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Carvalho de Melo, afirmou que quando o governador aceitou aderir à campanha internacional Race to Zero ele deu o tom da política ambiental de Minas Gerais. “A partir de então começamos a fazer essa rota de retomada de políticas de mudanças climáticas no Estado de Minas Gerais, que não existia antes do seu governo. O que tínhamos era um plano de gaveta, com poucas ações e por esforço dos técnicos da Feam, e não por uma política institucional. Vamos continuar avançando com a agenda verde pelo estado, e vamos entregar uma Minas Gerais com indicadores ambientais muito melhores que o senhor recebeu”, lembrou. Em 2021, Minas foi o primeiro Estado da América Latina a aderir à campanha internacional Race to Zero. O acordo foi firmado junto ao embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson. Minas se comprometeu a neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2050 e atualizar o Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa e o Plano de Energia e Mudanças Climáticas do Estado, com o desenvolvimento de cenários para zerar emissões até 2050 e uma meta intermediária de redução das emissões para 2030.
Indústria Após o compromisso no BDMG, o governador cumpriu agenda na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), onde recebeu do presidente da entidade, Flávio Roscoe, o plano Pacto por Minas, documento desenvolvido pela federação para fortalecer a indústria mineira e aumentar a competitividade de todo o setor produtivo. Durante o encontro, Roscoe apresentou ao governador um conjunto de medidas e projetos que deverão acelerar o desenvolvimento do setor em Minas Gerais. As propostas foram organizadas em quatro grandes eixos temáticos: Capital Humano, Ambiente de Negócios, Infraestrutura e Sustentabilidade. Para cada um dos eixos foram feitas propostas estratégicas de médio e longo prazos. O presidente da Fiemg explicou que o documento é uma forma de auxiliar o governo na criação e implementação de políticas públicas capazes de melhorar a vidas pessoas e reduzir o “custo Minas Gerais”.
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