Câmara Por Elas: Pobreza menstrual é realidade em nossa sociedade

 

A Câmara Municipal de Paracatu, através da Procuradoria Especial da Mulher, realizou durante 2 meses a Campanha Câmara por Elas, para arrecadar pacotes de absorventes para iniciar o combate contra a pobreza menstrual.

DOAÇÕES
Na tarde desta quinta-feira (5) foram entregues mais de 20 mil absorventes, uma parceria com empresas paracatuenses e sociedade civil. Todo esse material de higiene foram entregues as escolas municipais, estaduais e entidades.

Direito por Higiene


De acordo com a Organização das Nações Unidas o acesso à higiene menstrual é tido como um direito e deve ser tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. No Brasil, uma em cada quatro adolescentes não possui um absorvente durante seu período menstrual. É o que mostra o relatório Livre para Menstruar, elaborado pelo movimento Girl Up, que busca o acesso gratuito a itens de higiene e condições básicas de saneamento para as mulheres. Ao ler esse texto você vai entender porque esse número sobre “pobreza menstrual” é preocupante, e qual é o seu impacto na saúde, educação e qualidade de vida da população.
A falta de acesso a absorventes por questões econômicas ou circunstanciais, como no caso da população carcerária e moradoras de rua – provoca ainda grandes riscos para a saúde de quem precisa buscar alternativas para lidar com a situação. Isso porque métodos como uso de tecidos, jornais e até miolos de pão são utilizados durante o período menstrual para suprir a falta dos itens de higiene.
Dados Mundiais
+ 1,8 bilhões de mulheres menstruam em todo o mundo
+ 29% das brasileiras já ficaram sem dinheiro para comprar itens de higiene menstrual
+ 28% das jovens faltaram à aula devido à falta de absorvente

No Brasil, quatro milhões de meninas não têm acesso a recursos mínimos de higiene nas escolas, como sabonetes, absorventes e até mesmo a falta de banheiros.

Todo mês a mulher menstrua isso pode durar de 3 a 5 dias, agora imagine que você se sinta impedido de sair de casa por uma situação fisiológica. Para conseguir realizar atividades importantes, como frequentar aulas, precisa improvisar para que aquilo não seja um empecilho na sua existência. Se o impedimento estivesse ligado à menstruação, essa seria uma realidade de “pobreza menstrual”, termo que se popularizou hás uns meses atrás.

Talvez, até hoje, a sociedade tenha discutido muito pouco a questão da pobreza menstrual. A Câmara Municipal através da Procuradoria Especial da Mulher abriu uma porta para uma longa caminhada para que a menstruação seja vista como um direito relacionado à saúde de pessoas que menstruam.

 

Comentários

O Lábaro

Posts Relacionados