Vaquinha para o Livro do Jorge

 Vaquinha para o Livro do Jorge

Jorge Augusto Xavier de Almeida, nascido em Recife – PE em 23 de abril de 1967, casado, pai de dezesseis filhos, é agricultor familiar, assentado pelo programa nacional de reforma agrária no projeto de assentamento Vanderly Ribeiro dos Santos em Buritis – MG.

Chega a Buritis em 1994 para coordenar a luta pela terra, e já em 1995 lidera a histórica ocupação da fazenda Barriguda.
A partir daí a luta se avoluma a uma série de ocupações de fazendas no noroeste e norte de Minas, como também no nordeste goiano e no DF são realizadas sob sua liderança.
Incansável defensor do direito dos trabalhadores, principalmente os rurais, foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal de Buritis e candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores.
Das memoráveis ocupações realizadas destaca-se da fazenda Renascenças – de propriedade à época do então embaixador do Brasil em Washington: Paulo Tarso Flexa de Lima e da fazenda Córrego da Ponte de propriedade do presidente – FHC em março de 2002.
Nessa ocupação o Jorge é preso e conduzido à carceragem da Polícia Federal em Brasília.
As forças de segurança e o poder judiciário, o num processo de criminalização das lutas sociais elege Jorge para servir de figura que personificasse o movimento que era militante – o MST.
Dessa forma Jorge responde só na comarca de Buritis a sessenta processos que visavam condená-lo por atos e ações do movimento de luta pela terra.
Em 2014 Jorge é condenado em quatro desses processos e é conduzido ao cárcere, cumprindo quatro anos e meio no regime fechado.
Entre o tempo que permaneceu preso e o período em que esteve resguardado para tentar evitar a prisão somam-se nove anos de uma vida alterada.
Antes do cárcere Jorge já era um exímio poeta, durante as excursões na rota “Caminho do Sertão”, declamava para os caminhantes suas poesias campesinas. No cárcere Jorge se apega ainda mais a literatura como forma de sobreviver aos dias difíceis que iria enfrentar. Escreveu poesia, romance e cartas, que agora serão publicadas em formato de livros.
“Reescrevendo Sentenças – a poesia por trás das grades”; é o início de longas respostas políticas/literária que Jorge oferta à sociedade, mas, tem um ‘quê’, de combate aos adversários da luta do povo e ao coronelismo agrário que ainda impera em Minas Gerais, no Brasil e com um forte foco em Buritis – MG.
Reparação é a palavra-chave.
Dela partimos para buscar alternativas de reconciliação de Jorge com a vida. Como pode uma pessoa retomar seu trabalho, família e saúde depois de passar 4 anos e meio atrelado ao sistema prisional reconhecidamente genocida?
É sobre humano supor que ela possa fazer isso sozinha.
Jorge foi um preso político, uma das muitas vítimas da criminalização dos movimentos de luta pela terra no Brasil e inserido no que chamamos campo interseccional: a confluência entre raça e classe.
Justiça de transição é o segundo enunciado chave.
Nesse momento, Jorge que deveria ser acompanhado pelo estado, e não está; precisa plantar sua roça de subsistência, precisa publicar um livro, onde conta em versos sua passagem pelo ativismo social e sistema prisional e também cuidar da saúde física e mental, sendo estes últimos pontos cruciais da atuação da necropolitica vigente.
                – Somos nós por nós –
Assim essa campanha agrega pessoas que sentem a urgência de justiça, e que possam colaborar.
Faça sua doação através do link da nossa campanha e não se esqueça de compartilhar com maior número de pessoas.
Agradecemos profundamente.
Angela Quinto

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/campanha-para-ajudar-o-jorge-a-publicar-seu-livro

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