Indústria cresce 1,2% em novembro, sétima alta consecutiva

 

 

Pelo sétimo mês seguido, a produção da indústria nacional cresceu frente ao mês anterior, com alta de 1,2% em novembro contra outubro. Somado ao crescimento de maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%), agosto (3,4%), setembro (2,8%) e outubro (1,1%), o setor acumula alta de 40,7%, o que elimina a perda de 27,1% entre março e abril, meses em que o isolamento social foi mais rigoroso e fez a indústria atingir o nível mais baixo da série. Com isso, o setor está 2,6% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (8) pelo IBGE, que mostra ainda que, em relação a novembro de 2019, a indústria avançou 2,8%. De janeiro a novembro de 2020, o setor acumula perda de 5,5%. No acumulado em 12 meses, a queda foi de 5,2%. Mesmo com o desempenho positivo recente, a produção industrial ainda se encontra 13,9% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

Todas as grandes categorias apresentaram alta frente a outubro, com destaque para Bens de capital (7,4%) e Bens de consumo duráveis (6,2%), que tiveram as maiores taxas positivas. É o sétimo mês seguido de expansão na produção em ambas, com acúmulo de 129,7% na primeira e 550,7% na segunda. As duas categorias estão acima do patamar pré-pandemia: 12,2% e 2,7%, respectivamente.

Ainda na comparação com outubro, Bens de consumo semi e não duráveis (1,5%) e Bens intermediários (0,1%) também cresceram em novembro, revertendo as quedas de 0,1% e 0,4%, respectivamente, no mês anterior.

 

 

Para o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado de novembro mostra a manutenção do quadro dos últimos meses. “O avanço é quase o mesmo do mês anterior e faz com que o setor siga ampliando o aumento com relação ao patamar pré-pandemia. E houve um predomínio no crescimento, ou seja, todas as categorias e a maior parte das atividades tiveram aumento”, explica.

Setor de veículos cresce pelo sétimo mês seguido e recupera patamar pré-pandemia

O setor de Veículos automotores, reboques e carrocerias segue sendo a maior influência da indústria nacional. Com a alta de 11,1% apresentada em novembro frente a outubro, a atividade, após quedas nos meses críticos da pandemia, acumula expansão de 1.203,2% em sete meses consecutivos, superando em 0,7% o patamar de fevereiro.

A magnitude do crescimento e a importância do setor na indústria também se dá nos reflexos em outros ramos, já que a produção de veículos influencia em atividades como metalurgia, com estímulo da produção de aço, e outros produtos químicos, área que engloba tintas de pintura, por exemplo. Ambas tiveram alta em novembro, de 1,6% e 5,9%, respectivamente. “É a tendência deste período de retomada da produção após os meses mais rigorosos de isolamento”, afirma Macedo sobre o crescimento no setor de veículos.

Outras atividades deram contribuições positivas relevantes ao resultado de novembro, como Confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), Máquinas e equipamentos (4,1%), Impressão e reprodução de gravações (42,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,9%), Bebidas (3,1%), Produtos de metal (3,0%) e Outros equipamentos de transporte (12,8%).

Entre as nove atividades que tiveram queda, os principais impactos negativos foram: Produtos alimentícios (-3,1%), que acumula redução de 5,9% em dois meses consecutivos de queda, o que eliminou a expansão de 4,0% registrada entre julho e setembro; Indústrias extrativas (-2,4%), com o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 10,4%; e Produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que diminuiu 9,8%), interrompendo dois meses de resultados positivos consecutivos.

Na comparação com novembro de 2019, resultado foi positivo em três categorias

Ao comparar novembro de 2020 com novembro de 2019, o setor industrial teve aumento de 2,8%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, além de 16 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,0% dos 805 produtos pesquisados.

Dentre as atividades, destaque para Máquinas e equipamentos, com alta de 15,9%; Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com aumento de 4,9%; Outros produtos químicos, que registrou taxa positiva de 8,4%; Bebidas, que cresceu 11,2%; e Produtos de metal, com expansão de 13,6%.

Já entre as grandes categorias econômicas, Bens de capital (12,8%) assinalou, em novembro de 2020, a maior alta. Os segmentos de Bens intermediários (3,6%) e de Bens de consumo duráveis (2,7%) também mostraram expansão na produção, enquanto o setor produtor de Bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%) registrou a única taxa negativa nesse mês. Mais informações estão disponíveis aqui.

Para mais informações sobre esse assunto acesse a página do IBGE na Internet – www.ibge.gov.br ou diretamente na Agência de Notícias IBGE – http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/

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