AS ETAPAS E O CÉU

foto para ilustração da internet

As pessoas modo geral são cheias de manias trejeitos e costumes próprios, essas particularidades indicam ou apontam as diferenças de maior destaque entre cada uma, eu, adotei dividir quase tudo que envolve a vida em etapas, coisa minha. Nessa tarefa de fracionar nosso pensamento viaja constantemente, um acerto aqui, outro erro ali, mas seguimos dividindo tudo com que lidamos, inclusive nosso tempo de vida. As nossas atitudes e costumes, particulares que são, acabam por criar toda uma gama de perguntas, é indagação para sumir de vista, eta vida malvada! Definitivamente, não existe nada bom sem defeito. Ao fatiar os períodos da própria vida, esbarramos de pronto com uma baita interrogação, onde ficam ou se estabelecem os marcos divisórios? Quais critérios podem ser adotados para se afirmar com precisão onde finaliza uma ETAPA e começa a outra? Se não considerarmos que as respostas surgem de forma relativa podemos até mesmo ficar loucos, difícil demais estabelecer um parâmetro aceitável. O ser humano uns mais outros menos, sempre se preocupam com o que pode vir no fim da vida, por mais que aleguemos que tudo se acaba com a morte (o desfalecer do corpo sobre a terra), há um que de incômodo em relação ao que pode vir depois, outra vida? O encontro com o Criador? Um possível local de passagem para depois chagarmos num paraíso? Os incautos iriam parar num local ruim? Ante a todas as perguntas sem respostas concretas é que muitos de nós tentamos dividir a vida terrena em ETAPAS. E daí? Como não temos controle sobre o quanto viveremos e quando dessa vida partiremos, é possível notarmos pessoas em determinadas fases da vida se voltarem de corpo e alma para atitudes e ações ligadas às religiões, especialmente gente com idade acima de 40 anos. Penso que pela expectativa de vida, com essa idade alguns entendem já terem atingido se pouco, três quintos ou dois quartos do tempo útil da própria vida, então, tentam ficar cada vez mais próximos da sua divindade. No livro sagrado dos católicos, há um claro chamado para a vigilância, (Lc 12 35-38), uma verdadeira conclamação para estarmos atentos, pois o dia e hora de partirmos cabem a Deus, e não a nós meros mortais, agir e calcular ETAPAS de tempo vivido é uma coisa, todavia, projetar o futuro em termos de tempo de vida futura foge completamente ao nosso controle. Entendo que seguindo ou não religiões, existem inúmeras razões diferentes para estarmos “preparados” espiritualmente para no nosso momento de ir dessa para outra (falecer), sempre que colaboramos com qualquer pessoa ajudando a resolver um problema difícil, o reconhecimento e agradecimento vindo do outro torna nosso coração (sentimento) mais leve, entendemos que somos uteis em vida. Ao partilharmos conhecimento, materiais e outros, ao matarmos a fome e sede de algum necessitado e de volta ouvimos ou “Deus lhe pague” sincero, não tem coisa melhor acabamos por nos sentir mais humanos, efetivos irmãos uns dos outros. Acredite, se não experimentou ainda essa doce sensação do dever cumprido em relação a ajudar seu próximo, comece, colherá tanta satisfação que de repente sentirá que não precisa morrer para ir para o “céu”, terá a nítida certeza que o céu é aqui, em vida mesmo. E completo, desnecessário esperar as ultimas ETAPAS da sua vida para iniciar sua preparação para no fim da vida partir para um LUGAR MELHOR, vai que o melhor lugar de cada um de nós é aqui mesmo, vivinho da silva, e assim sendo, cada qual que encontre seu melhor CÉU e a forma de viver nele.

Miguilim – Garimpando com peneira fina em busca do céu – Boa Semana!

Miguel Francisco do Sêrro – Advogado e Historiador

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