Parabéns Paracatu pelos seus 221 anos!
Bem que formosa, por ser lançada em planície”
Diogo de Vasconcelos, 1808
Em pleno cerrado está uma das mais tradicionais cidades mineiras. Com um gostoso clima de tranquilidade, que as cidades de Minas sabem conservar muito bem, Paracatu tem o privilégio de abrigar as boas tradições do estado e de possuir uma natureza generosa, que se manifesta em belas cachoeiras, grutas, veredas e rios. Suas paisagens já inspiraram Afonso Arinos e Guimarães Rosa.
Paracatu possui ótimos exemplares da arquitetura colonial mineira como o prédio do Museu Histórico e a igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. A tradição gastronômica também conta muito. A cidade produz a deliciosa cachaça de rapadura, o famoso bolo de domingo, uma receita centenária que só pode ser feito aos domingos para não dar azar, e a saborosa empadinha de capa fina, iguarias autênticas que aguçam o apetite dos visitantes.
O início da história da Vila do Paracatu do Príncipe ainda suscita muitas dúvidas. Afinal, quem teria iniciado o povoamento no local e quando? A questão divide a opinião dos pesquisadores.Sabe-se, com certeza, que nas primeiras décadas do século 18 já havia um núcleo de povoamento. Segundo Alírio Carneiro, a Capela de Sant’Ana teve sua construção iniciada em 1730 e consta em arquivos eclesiásticos que em 1736 já existia, ali, mais de um templo religioso. Na relação dos povoados que possuíam Companhias de Ordenança, datada de 1738, existe referência a Paracatu.
O local era um centro de comércio ativo e ponto de apoio aos que se dirigiam paras as minas de Goiás. Ali, os caminhos se convergiam, tornando-se um só. Os dois caminhos mais freqüentados eram: o da Picada de Goiás, construído com permissão do Governador Gomes Freire de Andrada que ia de São João Del Rei a Goiás, e o de São Romão, que vinha da Bahia seguindo o Rio São Francisco. Havia, também, o caminho que transpunha o São Francisco nas proximidades da barra do Rio Abaeté.
A data oficial da descoberta do ouro em Paracatu é de nove de maio de 1744, quando Jose Rodrigues Froís enviou uma carta ao governador Gomes Freire de Andrada comunicando a descoberta do precioso metal: “dos avisos que tenho de que nas cabeceiras do Paracatu se tem descoberto ouro em grande conta, tanto pela parte donde corre o dito rio, como pela do caminho de São João Del Rei a Goiás e que nos ditos distritos se tem juntado uma grande porção de povo.”
Imediatamente as providências foram tomadas, as datas distribuídas e a atividade mineradora organizada. Gomes Freire fez o comunicado à Coroa Portuguesa e, em um dos trechos da carta, dizia: “se juntaram de todas as comarcas das Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia, Rio, mais de dez mil almas”. O local despertou tanto interesse que o governador de São Paulo escreveu a D. João V pedindo que a região das minas do Paracatu fosse anexada à Capitania de São Paulo.No início da atividade mineradora, os dois nomes que se destacam são os de Felisberto Caldeira Brant e José Rodrigues Froís. Muitos atribuem a descoberta do ouro a Caldeira Brant.
Três anos depois as minas já pareciam não produzir tanto. Gomes Freire negou o pedido de elevação do arraial à vila, alegando que “posto que não continue com a opulência primeira, promete duração… parece que, sem a experiência de mais tempo, é supérfluo por ora criar ali vila’.
O arraial só recebeu título de Vila em 1798, sendo oficialmente instalada em 19 de dezembro de 1799. Segundo censo de 1800, a Vila do Paracatu do Príncipe possuía 2.937 habitantes. O complemento “do Príncipe” no nome da vila foi uma homenagem ao príncipe regente D.João VI. Em 9 de março de 1840, a vila foi elevada à cidade com o nome de Paracatu.
No livro Toponímia de Minas Gerais, a palavra Paracatu, de origem indígena, é explicada como Pará-Catu, o rio bom, o rio praticável.
A cidade é um importante pólo econômico e cultural para o noroeste mineiro. Possui reservas minerais de calcário, chumbo, enxofre, ouro e zinco; indústrias de beneficiamento de minerais metálicos e madeira; industrias de produtos alimentícios e bebidas. A vida cultural é marcada pelos cursos técnicos e faculdades como Administração de Empresas, Artes Plásticas, Direito, Educação Física, Psicologia, Filosofia e outras. “Uma das características do povo de Paracatu é a alegria e o gosto por festas. No calendário da cidade da cidade, várias festas implicam em visitas obrigatórias. Em janeiro, a Festa de Reis. O Carnaval de Blocos movimenta a cidade durante a Festa de Momo. A Festa do Cooperado, em maio, e a Exposição Agropecuária, em julho, representam a vocação rural da cidade. Em julho, o Forrocatu, quando vários tipos de música e dança se juntam em uma festa ímpar.
O aniversário da cidade é comemorado em outubro com desfile de escolas, clubes associativos, shows e espetáculos em uma semana de programação. O Natal Luz também faz parte do calendário de eventos de Paracatu. Com iluminação de residências, comércios e prédios públicos, o Natal Luz integra toda a população em um movimento da mais absoluta beleza.”
(Secretaria de Ind. Com. e Turismo)
Estrategicamente localizada no centro do noroeste mineiro, a caminho de Brasília, Paracatu se destaca como uma das mais promissoras cidades do Estado. Hoje, com boa infra-estrutura urbana e turística, a cidade é um ótimo exemplo, preserva com dedicação seu passado e está atenta ao presente e futuro de sua comunidade. http://www.descubraminas.com.br/Turismo/DestinoApresentacao.aspx?cod_destino=162
Fotos atuais!
Comentários