Celebração do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade será embalada ao som de “Pátria Minas”
Fazendo uma ode à mineiridade, canção de autoria do violinista Marcus Viana será apresentada nesta quarta (4/12), no Palácio da Liberdade
“Pátria Minas”, composta por Marcus Viana, será a música oficial da celebração dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. O violinista e o Coro Sinfônico do Palácio das Artes se apresentam no Palácio da Liberdade, a partir de 19h desta quarta-feira (4/12), data em que a delegação da Unesco concedeu, em Assunção, no Paraguai, o histórico reconhecimento internacional à candidatura mineira.
A música foi escolhida por sua capacidade única de encapsular o espírito e a identidade de Minas Gerais, celebrando as raízes culturais e históricas do estado. Mais do que uma canção, “Pátria Minas” é uma ode à mineiridade, um retrato sonoro das montanhas, do sertão, das tradições e da alma introspectiva e resiliente do povo mineiro.
Natural de Belo Horizonte, Marcus Viana sempre buscou em suas composições uma conexão profunda com as raízes culturais de Minas Gerais. A escolha dos instrumentos em “Pátria Minas” reflete a essência de um estado que une o popular e o erudito, o simples e o sofisticado.
Entre os elementos mais marcantes da composição estão a rabeca e o tabor, dois instrumentos que remetem ao passado colonial, às manifestações culturais e à musicalidade ancestral mineira. Essa conexão direta com a identidade cultural mineira tornou “Pátria Minas” uma escolha natural para celebrar o Queijo Minas Artesanal, que é um dos maiores símbolos da mineiridade.
A rabeca em “Pátria Minas”
A rabeca, instrumento de cordas que antecede o violino, carrega no timbre rústico e nostálgico a história dos povos que moldaram Minas Gerais, e é frequentemente associada às festas populares, como o congado e as Folias de Reis, além de desempenhar um papel fundamental na identidade sonora das tradições mineiras.
Em “Pátria Minas”, o uso da rabeca evoca a simplicidade e a pureza da música tradicional, enquanto dialoga com a grandiosidade da composição orquestral, uma característica marcante de Marcus Viana.
O tabor mineiro
O tabor, um pequeno tambor de dupla face, é um dos instrumentos mais antigos usados nas celebrações populares de Minas Gerais, especialmente no congado e nas festas religiosas. A batida compassada remete aos ritmos afro-brasileiros, conectando a música de “Pátria Minas” com a ancestralidade africana que tanto influenciou a cultura do estado.
O som do tabor emoldura a canção com um ritmo que pulsa como o coração de Minas, simbolizando a união das heranças indígenas, africanas e europeias.
A poética de “Pátria Minas”
A letra de “Pátria Minas” celebra a essência do estado, as montanhas que guardam histórias, os rios que fluem como veias de um organismo vivo e o povo, que carrega a mineiridade como um valor inabalável. A canção é, ao mesmo tempo, introspectiva e expansiva, levando o ouvinte a um mergulho na alma de Minas e ao orgulho dessa terra.
Essa conexão poética com os valores culturais de Minas Gerais é o que faz de “Pátria Minas” a trilha perfeita para a celebração do Queijo Minas Artesanal, um patrimônio que representa a união do trabalho, da terra e da tradição.
“Pátria Minas” se tornou um ícone cultural, sendo interpretada em eventos oficiais e celebrações populares, representando não apenas o estado, mas a ideia de que Minas Gerais é, de fato, uma pátria dentro do Brasil, com sua cultura singular e sua história única.
Com a rabeca e o tabor, Marcus Viana deu vida a uma obra que une tradição e contemporaneidade, tornando-se uma ponte entre o passado e o futuro de Minas Gerais. A escolha de “Pátria Minas” para a celebração dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco reafirma essa importância como símbolo da mineiridade e da cultura do estado, unindo música e tradição em um momento de grande orgulho para todos os mineiros.
Foto em destaque: IMA-Divulgação Queijo Minas Artesanal agora é patrimônio imaterial, segundo a Unesco
Comentários