Atuação intersetorial e ações prioritárias de controle da doença vão qualificar o atendimento e promover um cuidado efetivo para reduzir casos e óbitos

 Atuação intersetorial e ações prioritárias de controle da doença vão qualificar o atendimento e promover um cuidado efetivo para reduzir casos e óbitos

 

Em 17 de novembro é celebrado o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, doença infecciosa e transmissível que, apesar de velha conhecida por grande parte da população, continua sendo um problema relevante para a saúde pública mundial.

Para fortalecer o enfrentamento e a assistência, o Governo de Minas reforça a importância da disseminação da informação sobre o agravo, além do estabelecimento de políticas públicas específicas com diretrizes robustas.

Desde 2023, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou o Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose, para subsidiar o planejamento e as ações prioritárias de controle da doença até 2026, provendo a base das ações nos territórios, em conjunto com as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS), de modo que as prioridades abarquem as especificidades e desafios locais.

De acordo com a diretora de Vigilância de Condições Crônicas da SES-MG, Ana Paula Mendes Carvalho, as diretrizes foram divididas em três pilares, para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde.

“Dividimos as ações em eixos como prevenção e cuidado, centrado na pessoa com tuberculose, incluindo diagnóstico, prevenção e tratamento, elaboração de políticas arrojadas e sistemas de apoio, em que fazemos articulação com a participação da sociedade civil na decisão das ações e incluímos a inovação e pesquisa, que contribuem para aprimorar o controle da doença em Minas”, ressalta.

“O Plano é feito de forma conjunta e também apoiamos a elaboração dos planos de ação locais, que contemplam ações específicas, determinadas de acordo com a realidade de cada URS e municípios”, completa.

A expectativa é reduzir a incidência, internações e mortalidade em decorrência da doença e promover um cuidado mais integrado e efetivo, que atenda às necessidades específicas da população mineira.

Para acompanhar o panorama da doença e articular as ações com os municípios e outros órgãos governamentais, o Estado conta o Comitê Mineiro para o Controle Social da Tuberculose, vinculado à SES-MG e constituído por entidades não governamentais, sociedade civil, órgãos públicos e por pessoas acometidas pela doença e por HIV/Aids.

Panorama da doença

A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch e afeta os pulmões, prioritariamente, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A forma extrapulmonar ocorre mais frequentemente em pessoas com HIV/Aids, especialmente as que tenham algum nível de comprometimento imunológico.

A tuberculose é transmitida por via respiratória, por meio da eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro e não se transmite pelo compartilhamento de objetos. O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse, podendo ser seca ou com secreção.

Em Minas Gerais, foram notificados 5.290 casos confirmados e 340 óbitos em 2023 e, entre janeiro e outubro de 2024, foram notificados 4.349 casos confirmados com 237 óbitos em decorrência da doença, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Segundo o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), de janeiro a setembro deste ano foram registradas 1.309 internações devido a complicações da tuberculose em Minas e em 2023, foram 1.692 internações.

foto em destaque: Fhemig / Divulgação

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